domingo, 24 de janeiro de 2010

Out here


Sometimes I wonder
Where I've been
Who I am, do I fit in
Make believing is hard alone
Out here on my own
We're always proving
Who we are
Always reaching
For that rising star
To guide me far
And shine me home
Out here on my own
When I'm down and feeling blue
I close my eyes so I can be with you
Oh, baby, be strong for me
Baby, belong to me
Help me through
Help me need you
Until the morning sun appears
Making light of all my fears
I dry the tears I've never shown
Out here on my own
But when I'm down and feeling blue
I close my eyes so I can be wih you
Oh baby, be strong for me
Baby, belong to me
Help me through
Help me need you
Sometimes I wonder
Where I've been
Who I am, do I fit in
I may not win
But I can't be thrown
Out here on my own


(Naturi Naughton - Out here on my own)

Degraus


A vida é um conjunto de degraus. Um novo degrau, uma nova etapa. Subo esses degraus com pouca confiança em mim. É como se subisse os degraus de bicos de pés. Sinto-me frágil, insegura comigo. Gostava de fazer algo e ter a certeza que correu bem. Pisar bem o chão. Às vezes, sinto-me desanimada, parece que o degrau seguinte está muito alto e eu não consigo alcancá-lo. Mas, quando estou assim, não olho para os degraus à minha frente. Olho para trás e vejo os degraus que já subi, vejo até onde alcancei na minha vida. E é tão bom quando temos uma mãozinha, a puxar-nos para cima, a dizer-nos que nós conseguimos, que só temos que acreditar. E eu acredito.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Para ti.

Enquanto o estudo e a escola não correm bem, há outras coisas que correm às mil maravilhas. E essas "coisas" fazem-me esquecer do mundo todo, do tempo, das preocupações... E fazem-me tão bem!

Obrigada, J.
Hoje foi o quarto exame deste ano lectivo e vai ser o quarto fracasso. Vá, Renal não foi fracasso. Por isso, vai ser o terceiro fracasso, aposto. E agora estou sentada na secretária e acreditem que estou sem vontade nenhuma de abrir esta minha capa amarela de sistema cardíaco, que já não a abro desde outubro. Mas pronto, lá terá que ser...

sábado, 16 de janeiro de 2010

AS VOLTAS DA VIDA

Achamos muitas vezes que tudo o que acontece à nossa volta é ao acaso. "Aconteceu", pensamos nós. Ou simplesmente nem pensamos nisso. Mas, bastava mudar um pormenor, mesmo que fosse banal, sem importância, para mudar tudo. E, às vezes, tentamos fugir de situações que acabam por nos levar aos nossos dias, ao como hoje estamos. E hoje, pensamos "Ainda bem que assim foi." Penso na minha vida agora e como cheguei até aqui. E vendo bem, se calhar nada aconteceu ao acaso. Não digo que o destino exista. Não sei. Ninguém sabe. Mas a verdade é que tudo aconteceu de forma a eu chegar onde estou e estar com quem estou. E, na altura, a minha vida podia estar a correr mal e não percebia porque nada acontecia como eu queria, como eu tinha imaginado. Mas, hoje, fico feliz por nada ter sido como tinha planeado na minha cabeça. Porque foi assim que encontrei a vida que sempre quis.
Sinto que as coisas começaram a ser diferentes do que queria no meu décimo segundo ano, quando me senti injustada com o exame. Achei a pergunta ambígua. Tinha posto a resposta certa e à última mudei. Para a errada. E por causa disso, por causa dessa escolha múltipla, não entrei na faculdade de medicina em lisboa. Senti-me mal, frustada por ter que repetir os exames e pôr minha vida em espera. Mas também vos digo. Foi um ano que passou a correr e agora que olho para trás vejo que podia ter feito imensas coisas e não fiz. Mas consegui o que queria. Ter boas notas nos exames e sabia que fosse onde fosse, ia ser caloira de medicina. Esse "fosse onde fosse" era o Porto. Não queria sair da minha cidade e a faculdade de medicina do Porto foi o que sempre sonhei. Podiam dizer muito mal dela. Mas era um sonho. Chegou o dia para preencher as opções e, então, coloquei as duas primeiras opções no Porto e a terceira pensei em Braga. Nem sabia que Braga tinha faculdade de medicina e no ano anterior não tinha sido uma hipotése. Mas, este ano, pus. Imaginava-me ficar no Porto ou ir para Lisboa. Quase que entrava no Porto mas fui colocada em Braga. Fiquei feliz mas chocada. Longe de tudo. De todos. Ter que me mudar para Braga, uma cidade que não conhecia. Ir sozinha para uma faculdade. "Estou em medicina, é o que interessa", pensei eu. No dia das inscrições, tentava evitar dizer o meu curso e tentei mesmo fugir da praxe mas fui encaminhada para a praxe de medicina. Senti-me desprotegida. Mas, entretanto, um doutor chamou-me e começou a falar comigo. Uma conversa interessante. Ora fazia voz meiga, ora engrossava a voz. Apetecia-me rir e só ouvia "Não se ria, caloira!". Tentava olhar para a cara dele, para mais tarde saber quem falou comigo mas diziam-me "Olhe para o chão. Não é para o traje!" Mas eu não queria. No mês seguinte, já era altura de escolher madrinhas e padrinhos. Quis escolher aquele doutor. O primeiro doutor a praxar-me, a ensinar-me coisas da praxe. Mas, tímida como sou, fui adiando esse pedido. Até que, um dia, o vi. E disse que tinha que ser agora. Tinha que pôr de lado a timidez e pedir-lhe para ser meu padrinho. Mas tinha medo que me rejeitasse. Deixei de pensar mais e fui. Pedi-lhe, mesmo envergonhada. Fiquei com mais vergonha depois da expressão de admirado que fez mas disse "Sim". Ufa. Já tenho padrinho. Uns minutos a seguir, um outro caloiro foi-lhe pedir para ser padrinho dele também mas já não podia mais. E por ser meu padrinho comecei a falar com ele e dei por mim a deitar-me tarde porque gostava de conversar com ele. Dei por mim a ficar feliz por ele estar ali. Dei por mim a querer ficar bonita porque ele ia estar lá. Dei por mim a querer ir a um sítio porque sabia que ele também ia. Dei por mim a procurá-lo com o olhar a tarde toda. Dei por mim a rir-me porque ele se estava a rir. Dei por mim a querer estar com ele. Dei por mim a querer que ele olhasse para mim. Dei por mim a tremer porque ele estava a olhar para mim. Dei por mim a dizer-lhe que gostava dele. Dei por mim mesmo feliz quando me senti correspondida. Dei por mim sem reacção quando ele me diz que está apaixonado por mim. E dei por mim a apaixonar-me por ele. E quando demos por nós, estávamos juntos a viver o que sempre quisemos. Agora penso: Aconteceu tudo ao acaso? Eu acho que não.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

« I'll leave my window open
Because I'm too tired at night to call your name
Just know I'm right here hoping
That you'll come in with the rain »

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Para ti.

Sabes o que mais me deixa feliz e segura? Estar à tua frente, a olhar para ti. A olhar mesmo para ti. E sorrir. Um sorriso sincero. Um sorriso apaixonado. E quando estamos assim, sinto-me tua e sinto-te meu mais do que nunca.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

desabafo

Tenho que encarar os meus dias de outra forma. É verdade que tenho que estudar muito mas nunca serei daquelas que passam literalmente o tempo todo livre a estudar. Recuso-me. Mas depois quando vejo essas pessoas a terem sucesso, sinto-me mal. Às vezes sinto que não devia estar neste curso, que se calhar não sou tão inteligente. Mas o importante não são as notas mas o conhecimento. Sinto que aprendo muitas coisas, sinto que sei muitas coisas e não me sinto correctamente avaliada nos exames. E são essas fracas notas que me deixam em baixo. Mas talvez o problema esteja na forma como encaro os meus dias, as minhas actividades, o meu estudo. Se calhar tenho tempo para tudo e não o aproveito. Sou preguiçosa e cada vez mais. Se calhar se me levantasse a horas, se fosse mais rápida a arranjar as coisas, começava a estudar mais cedo e aproveitava mais o tempo. Talvez em vez de escrever este texto, devesse estar a estudar fisiologia :) Quaaase! Gosto de escrever e disso não abdico. Tenho um livro para ler desde o natal e ainda nem li a primeira página. Vou fazer um esforço para ler hoje à noite, antes de adormecer. Nem que seja duas páginas. Também adoro fazer exercício físico e ter aquela horinha só para mim. Para estar sozinha, ouvir música e a pensar na vida e não nos estudos. Reparei que estudo melhor à noite, por isso, hoje vou aproveitar e estudar até de madrugada. Se calhar, vinte e quatro horas dá para fazer muita coisa. Vou achar que sim. E vou fazer.